As aesthetics, ou melhor, estéticas, estão super em alta nas redes sociais, principalmente o TikTok. Estética é o ramo da Filosofia que estuda a essência do belo, e nos dias atuais serve para designar um conjunto de características (roupas, maquiagem, cabelo) de uma pessoa.
Muito tem se falado nas últimas semanas sobre a Mob Wife, nova estética que o TikTok adotou em contraponto com a Clean Girl. Explicando, mob wife é a estética de “mulher de mafioso” (tem post aqui), perua, extravagante, enquanto a “clean girl” é aquela jovem mulher minimalista, que tudo parece limpo, a maquiagem leve, o cabelo impecável, a casa.
E entre outras estéticas temos a cottagecore, spacecore, kidcore, e por aí vai. Todas essas “cores” e “aesthetics” fazem parte de um movimento que vamos na internet hoje, mas que não é muito diferente das estéticas que as novelas, por exemplo, traziam.
Quem nunca usou a pulseira da Jade de O Clone, o esmalte azul da delegada Helô de Salve Jorge, ou quis platinar o cabelo igual à Leona de Cobras e Lagartos?
Pelo fato de vivermos em comunidade, temos essa questão de aceitação, de querer pertencer. E quando vemos todo mundo usando tal peça, tal marca, esmalte ou maquiagem, queremos fazer parte daquilo – mesmo que não tenha nada a ver com a nossa personalidade e estilo.
Mas e a criatividade? E a autoexpressão, a nossa identidade?
Se você anda num shopping, vê todo mundo igual. Se dá uma olhada no feed do Instagram, vê todo mundo postando o mesmo tipo de conteúdo.
E isso não é só na Moda. Outro dia vi um vídeo explicando como na Arquitetura e decoração não se vê mais projetos irreverentes, que as pessoas só querem o “padrão”. Que basicamente é aquela casa que mais parece um consultório. E onde as pessoas vêem esses projetos? Na internet.
Ao mesmo tempo que a internet abre a nossa mente para as possibilidades, ela acaba ditando padrões que eram majoritariamente determinados pela mídia impressa e TV.
Fica aí a reflexão! Você quer se vestir igual a todo mundo?